A chanceler alemã não vai recandidatar-se à liderança do partido, lugar que ocupa há 18 anos
É o anúncio do fim do reinado de Angela Merkel na Alemanha. A chanceler não vai apresentar-se à reeleição como presidente da CDU.
Segundo diversos media alemães, Merkel terá informado a direção do partido, na sequência da eleição regional do estado do Hessen, onde as forças da grande coligação governativa sofreram fortes perdas eleitorais.
Antes, Angela Merkel tinha manifestado a intenção de brigar de novo, no congresso de dezembro, a presidência da União Democrata Cristã, que dirige há 18 anos, o que desagradava aos setores mais conservadores.
Até agora, nunca surgiram candidaturas para uma possível sucessão. O líder parlamentar , Friedrich Merz , diz-se agora pronto para ser o senhor que se segue, se o partido assim o entender.
A saída da chanceler da liderança do partido, não significa, no entanto, o abandono do governo. Merkel anunciou a intenção de cumprir o mandato de chanceler que se estende até 2021, uma posição contrária à que sempre defendeu.
Angela Merkel sempre defendeu que a chefia do partido e a chefia do governo tinham que ser incarnados pela mesma pessoa; ao permanecer na chancelaria vai permitir ao sucessor ter dois anos para consolidar a liderança do partido e a preparação para um possível governo.