Governo turco terá gravações de aúdio do momento em que o jornalista saudita foi estrangulado
O caso ainda por desvendar não impediu que Jamal Khashoggi não tivesse direito a um último adeus.
"Esta cerimónia simbólica esmaga os rostos dos que cometeram o crime."
Conselheiro da Presidência turca
Sem corpo presente, centenas de pessoas reuniram-se na Mesquita do Conquistador, em Fatih, Istambul, para o estar presentes no funeral do jornalista assasinado no consultado da Arábia saudita.
Vários representantes do governo de Erdgoan também marcaram presença na cerimónia.
O Conselheiro da presidência turca, Yasin Aktay, discursou durante a cerimónia. "Ter um funeral sem corpo não é uma coisa normal." admitiu. "Mas esta cerimónia simbólica esmaga os rostos dos que cometeram o crime. Hoje toda a gente está a perguntar porque é que ele terá sido morto. E ter que responder a essas perguntas torna-se um pesadelo para os assassinos. E pode piorar.", disse Yasin Aktay.
Esta semana foi revelado que o governo turco detém gravações aúdio do momento em que os suspeitos combinam o assassinato, minutos antes do jornalista entrar no consulado e ainda do momento em que khasgoggi é morto. Nesta última gravação, ouvem-se os gritos do jornalista aquando é estrangulado.
Enquanto mais informações vêm ao de cima, surge o rumor de um possível acordo entre os EUA e a Turquia para diminuir a intensidade das investigaações. Tanto a administração trump como o governo turco negaram tal acordo.
Até agora onze pessoas são suspeitas de estar envolvidas no assassinato do jornalista. A Arábia Saudita pediu, entretanto, a pena de morte para cinco dos arguidos.