George Bush, entre o fim da Guerra Fria e a Guerra do Golfo

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Piloto de guerra, embaixador na ONU, congressista, diretor da CIA, vice-presidente e presidente, George H.W. Bush entrou para a história como um presidente de mandato único e da Guerra do Golfo.

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Um salto de paraquedas para celebrar mais um aniversário... George Herbert Walker Bush, mais conhecido por George Bush, foi o último presidente da guerra fria, entre 1989 e 1993, e o último a ter combatido na Segunda Guerra Mundial, onde, enquanto piloto, foi abatido quatro vezes, daí o salto de paraquedas para assinalar os seus 75 anos.

Aos 64 anos, depois de uma carreira como embaixador da ONU e na CIA, este republicano moderado sucede na presidência a Ronald Reagan, em janeiro de 1989. O ano terminou com a queda do muro de Berlim e marca o início do fim da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética (URSS).

Bush nasce em 1924, em Milton, no Massachusetts, no seio de uma família que fez fortuna nas finanças. A infância, passa-a em Greenwich, no Connecticut.

O ataque a Pearl Harbor leva-o a alistar-se na Marinha aos 17 anos. Após a guerra, foi estudar para Yale.

Casa-se com Barbara Pierce em 1945. Tem seis filhos, entre os quais Jeb, governador da Florida nas polémicas presidenciais de 2000, que culminaram com a chegada de outro filho, George Walker Bush, à Casa Branca.

(Várias vezes condecorado durante a guerra, George Bush foi eleito senador, pela primeira vez, em 1966. Foi vice-presidente de Ronald Reagan, entre 1981 e 89.)

No pós-guerra acumula fortuna com o negócio do petróleo no Texas e faz a fusão da sua companhia com a Halliburton, de Dick Cheney, o seu futuro secretário da Defesa e vice-presidente do filho.

É o primeiro líder internacional a saber que a União Soviética tinha acabado. Boris Yeltsin telefonou-lhe antes de ligar a Mikhail Gorbatchev.

Mas se assistiu ao fim do bloco soviético e da guerra fria foi também ele que levou os Estados Unidos para a guerra pela primeira vez, desde o Vietname.

A invasão iraquiana do Kuwait, em 1990, afeta a ordem mundial. Bush recorre à diplomacia para criar uma coligação internacional forte, que envia 500 mil soldados e lança o ataque contra Saddam Hussein.

Na noite de 16 de Janeiro de 1991, Bush anuncia a guerra:

"Estão a ser efetuados ataques aéreos contra alvos militares no Iraque. Estamos determinados em acabar com o potencial de Saddam Hussein para construir a bomba nuclear... Vamos também destruir instalações de armas químicas".

100 horas depois o Kuwait é libertado e Bush é recebido como um herói.

Mas o presidente consegue apenas uma vitória militar incompleta, permitindo que Saddam Hussein fique no poder. Segue o conselho de Dick Cheney, secretário da Defesa, para quem uma invasão deixaria os Estados Unidos "metidos num pântano dentro do Iraque".

O sucesso internacional apenas disfarça os profundos problemas a nível nacional: Desemprego recorde e uma economia em crise, o que acaba por dar força ao programa político do democrata Bill Clinton, eleito presidente em 1992.

O último ato controverso de Bush durante o mandato foi o perdão dado, em 24 de dezembro de 1992, a seis ex-funcionários do governo implicados no escândalo da venda de armas aos Contras do Irão.

Mas oito anos mais tarde, outro republicano chega à Casa Branca. Era filho do velho Bush e faz sua a causa do pai para desalojar de vez a família de Saddam Hussein do poder.

Com 84 anos, George Bush, visivelmente debilitado, assiste à investidura de Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, sucessor precisamente do seu filho, que estava com a popularidade desgastada por causa da guerra no Iraque.

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O nome de Bush ficará para sempre ligado ao Golfo Pérsico e às eternas guerras pelo controlo do petróleo.

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