O ambientalista britânico David Attenborough participou na COP24 e reforçou o alerta: "Se não tomarmos medidas, o colapso das nossas civilizações e a extinção de grande parte do mundo natural está no horizonte."
A reunião mais importante do ano sobre alterações climáticas está a acontecer na Polónia. A tarefa dos líderes mundiais é criar um livro de regras que transformará o acordo climático de Paris2015 numa realidade viável.
Mas se os líderes políticos sentem a necessidade de serem diplomáticos quanto ao desafio que é preciso enfrentar, um homem não poupou nas palavras.
“Neste momento enfrentamos um desastre provocado pelo homem à escala global. A nossa maior ameaça em milhares de anos é a alteração climática. Se não tomarmos medidas, o colapso das nossas civilizações e a extinção de grande parte do mundo natural está no horizonte," declarou o ambientalista Sir David Attenborough.
Attenborough ocupa o "lugar do povo" na conferência. A missão é atuar como um elo entre a população mundial e os formuladores de políticas na reunião.
"A população mundial falou. A mensagem é clara. O tempo está a esgotar-se. Querem que vocês, que tomam as decisões, ajam agora," afirmou David Attenborough.
A intervenção do ambientalista britânico recebeu aplausos comedidos, talvez por alguns delegados questionarem o peso da redução de combustíveis fósseis sobre a economia.
Um estudo recente mostrou que a redução das emissões de CO2 (dióxido de carbono) está muito aquém do objetivo do acordo de Paris de limitar os aumentos de temperatura durante este século a não mais do que 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.
Greta Thunberg tem 15 anos e não tem dúvidas sobre quem deveria agir. Está empenhada, organiza mini-greves na escola para realçar o perigo do aquecimento global,
"É muito assustador que os políticos não estejam cientes da questão mais importante do nosso tempo. Acho que são todos irresponsáveis. Eles não percebem o poder que têm, o quanto poderiam fazer, mas preferem não fazer," afirmou a estudante e ativista sueca Greta Thunberg.
Apesar de líderes como o presidente dos EUA, Donald Trump, não estarem presentes, o Banco Mundial está a incentivar os países a tomarem medidas contra as alterações climáticas e anunciou 200 mil milhões de dólares em financiamento.