Detida em julho e acusada de tentar influenciar política norte-americana a favor da Rússia, Maria Butina vai declarar-se esta semana como culpada, segundo advogados
Detida em julho em Washington, sob suspeita de espionagem, a russa Maria Butina vai declarar-se esta semana como culpada.
O anúncio, feito pelos advogados, significa uma mudança na estratégia de defesa da estudante de 30 anos, que até agora se declarava inocente. Segundo meios norte-americanos, Butina já está a colaborar com os procuradores, com os quais terá negociado um acordo.
A cidadã russa, que se encontrava nos Estados Unidos com um visto de estudante, é acusada de trabalhar como "agente não declarada de um governo estrangeiro" e de "conspiração" para infiltrar organizações políticas "com vista a promover os interesses da Federação Russa".
Graças à ligação amorosa com o ativista conservador Paul Erickson, Butina manteve vários contactos, desde 2015, com responsáveis da National Rifle Association, poderoso "lobby" das armas nos Estados Unidos, favorável ao partido republicano e próximo do presidente Donald Trump, cujas relações com o Kremlin são, há um ano e meio, alvo de investigação.