"Medellin" evoca a memória do maior traficante de cocaína do mundo, Pablo Escobar
Por fora parece um restaurante de "tacos" mas no interior trata-se de um bar com uma diferença.
"Não se trata vitimização, trata-se de recordar às pessoas quem é o carrasco e quem são as vítimas"
Ativista do grupo "Stop Medellin"
Aqui os empregados envergam coletes à prova de bala e as bebidas têm nomes de traficantes de cocaína famosos na parede um retrato do mais famoso traficante de cocaína de todos os tempos, o colombiano Pablo Escobar. E tudo isto a pouca distância da Avenida dos Campos Elísios no centro da capital francesa.
Chama-se "Medellin" e abriu portas em novembro passado. No entanto, o tema do bar suscita controvérsia. Para muitos colombianos residentes em Paris, a memória de Escobar ainda evoca medo e terror.
"Nasci em Medellin nos anos 80, por isso sou daquelas pessoas que viveram os anos Escobar na pele, esse capítulo negro da nossa história. Não se trata vitimização, trata-se de recordar às pessoas quem é o carrasco e quem são as vítimas" afirma Angélica Toro, psicóloga colombiana de 36 anos de idade e ativista do grupo "Stop Medellin".
Escobar foi morto pela polícia no dia 2 de dezembro de 1993 aos 44 anos. Dados oficiais sugerem que entre 1983 e 1994 a violência relacionada com as drogas teria morto mais de 46 mil pessoas na Colômbia.