O parlamento britânico vota, esta terça-feira, o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia, num momento de incerteza para o país.
É um dia decisivo para o Brexit. O parlamento britânico vota, esta terça-feira. o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia.
Durante longas horas de debate, a primeira-ministra, Theresa May, tentou convencer os parlamentares das vantagens do compromisso.
"Não, não é perfeito e sim, é um compromisso. Mas quando os livros de história forem escritos, as pessoas vão olhar para a decisão desta casa, amanhã, e perguntar se cumprimos a vontade do país de deixar a União Europeia", afirmou May, no parlamento.
Mas o apelo desta segunda-feira continuou a não convencer o líder da oposição, Jeremy Corbyn. "Foi-nos prometido o acordo comercial mais fácil da história, mas vimos um governo dividido chegar a um acordo de retirada fracassado com nada mais do que um esboço vago sobre como será nossa futura relação com a UE. O governo está desorientado. É claro. Se o acordo da primeira-ministra for rejeitado amanhã, é hora de eleições legislativas, é hora de um novo governo", respondeu o líder dos Trabalhistas.
Na véspera de um possível chumbo e numa derradeira tentativa de ajudar May ganhar apoio parlamentar, Jean-Claude Juncker e Donald Tusk enviaram por carta algumas garantias para o cumprimento do acordo.
Os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu afirmaram estar comprometidos em abrir negociações para tentar chegar a um acordo comercial pós-Brexit o mais rapidamente possível. O objetivo de todos é evitar a implementação de fronteiras na ilha da Irlanda.
Durante dias, Theresa May correu o país munida de argumentos pró e pós-Brexit. Contudo, os analistas estão menos confiantes na vitória do sim e admitem que a questão é saber por quanto irá May perder a votação desta terça-feira.
Caso a derrota seja esmagadora, a saída da União Europeia sem acordo é uma possibilidade, mas em cima da mesa poderá estar também um plano alternativo para o Brexit.
No entanto, se perder por menos de 100 votos, há quem ainda admita haver margem para um acordo. Um cenário que levaria o Reino Unido de volta a Bruxelas para mais negociações.