Fundador da organização acusa "políticos cobardes de colocarem em marcha o contador de mortos" após a capitania marítima de Barcelona alegar uma violação das regras para impedir o barco de regressar à ajuda de migrantes no Mediterrâneo
A Direção-geral da Marinha Mercante espanhola está a impedir o barco da organização não-governamental Proactiva Open Arms de regressar ao Mediterrâneo.
A ONG acusa Espanha de não a deixar prosseguir com as operações de busca, resgate e salvamento de migrantes em perigo na tentativa de cruzar o mar de África para a Europa
O barco homónio da Open Arms está atracado em Barcelona e pretendia ter levantadio âncora no passado dia oito de janeiro rumo à Líbia para prosseguir nas operações de busca, resgate e salvamento de migrantes em perigo na tentativa de cruzar o mar de África para a Europa.
De acordo com as autoridades, na última operação de salvamento a ONG terá violado a obrigação de desembarcar os núfragos no porto seguro mais próximo possível.
De acordo com o jornal El País, a capitania marítima espanhola refere-se ao resgate de 308 pessoas em dezembro a quem Itália e Malta negaram o desembaque.
O fundador da Open Arms acusa a Espanha de não deixar a ONG salvar mais pessoas, deniûnciando esta decisão como "irresponsável e cruel."
"Políticos cobardes põe em marcha o contador de mortos", concretiza Oscar Campos.
Já em agosto, após a penúltima operação de resgate, o barco "Open Arms" tinha sido bloqueado durante três dias pela capitanía marítima da baída de Algeciras, mas por questões meramente técnicas e de certificação.
O último desembarque, em dezembro, concluiu a quarta operação de resgate do "Open Arms" concluída em portos espanhóis, que, contabilizando apenas os resgates desde julho, já transportou para Espanha cerca de 450 migrantes resgatados no Mediterrâneo, sendo a maioria requerentes de asilo.