May dá novos passos rumo ao Brexit

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Theresa May apelou aos deputados para trabalharem ao lado do governo para alcançarem um acordo para o Brexit. Jeremy Corbyn recusou.

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Em dois dias, Theresa May teve o acordo para o Brexit reprovado por esmagadora maioria, viu a liderança do partido e do país posta em causa e sobreviveu a uma moção de censura por menos de 20 votos. A 10 semanas da saída do Reino Unido da União Europeia, tudo está por resolver.

Os 19 votos que salvaram May vieram do Partido Unionista da Irlanda do Norte, um aliado que, no passado votou contra o Brexit, mas que, esta quarta-feira impediu o Reino Unido de ir para novas eleições.

Com a liderança assegurada, a primeira-ministra britânica renovou a intenção de implementar o acordo com o apoio do parlamento.

"Acredito que este dever é partilhado por todos os membros desta casa. Assim sendo, propus uma série de reuniões entre deputados seniores e representantes do governo nos próximos dias. E gostaria de convidar líderes dos partidos parlamentares para se encontrarem comigo individualmente e eu gostaria de começar estas reuniões esta noite", declarou Theresa May no parlamento.

Uma proposta que não satisfez inteiramente Jeremy Corbyn. "Antes de poder haver qualquer discussão positiva sobre o caminho a seguir, o governo deve remover claramente, de uma vez por todas, a perspectiva da catástrofe de um não-acordo para o Brexit e todo o caos que viria como resultado disso", disse o líder da oposição.

Até ao momento, Corbyn não aceitou a proposta de May. A atitude foi lamentada pela primeira-ministra, numa declaração dirigida aos eleitores. Downing Street tem a porta das conversações a quem quiser entrar.

"Nas reuniões vão participar representantes seniores do governo, incluindo eu. Fico desiludida com o facto de o líder do Partido Trabalhista ter escolhido não participar, mas a nossa porta continua aberta", afirmou a primeira-ministra.

Com o calendário apertado até ao Dia D do Brexit, May faz um último esforço. Cabe agora aos parlamentares decidirem se trabalham ao lado da primeira-ministra. O contra-relógio de reuniões até 29 de março é a última oportunidade de o Reino Unido sair da União Europeia com um acordo para o futuro.

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