Transparência Internacional divulgou "ranking" elaborado a partir da medição da corrupção no setor público em 180 países e territórios. As classificações variam entre zero (altamente corrupto) a 100 (altamente íntegro)
Não atingiram a pontuação máxima mas a Dinamarca e Nova Zelândia ocupam os lugares cimeiros do pódio na luta contra a corrupção, com 88 e 87 pontos respetivamente.
O Índice de Perceção da Corrupção relativo a 2018, divulgado pela organização Transparência Internacional, coloca na terceira posição, com os mesmos 85 pontos, a Finlândia, Singapura, Suécia e Suíça.
Mas nem tudo são rosas na lista dos 180 países avaliados. A Somália, a Síria, Sudão do Sul e o Iémen, países duramente castigados por conflitos armados, apresentam os piores resultados, por ordem gradativa. São seguidos pela Coreia do Norte.
A Europa ocidental e a União Europeia lideram na classificação por regiões mas há trabalho a fazer, como explicou à Euronews Carl Dolan, diretor da Transparência Internacional: "O que gostaríamos de ver na Europa é uma espécie de convergência em matéria de valores e normas democráticas. É disso que se trata, essencialmente, o projeto da União Europeia. É uma união de valores. Em vez disso parecemos estar a retroceder em alguns países. Assistimos, por exemplo, à repressão da sociedade civil na Hungria, à repressão em termos da independência do poder judicial na Hungria e na Polónia."
No sobe e desce do Índice houve surpresas. Países como a Estónia, Costa do Marfim, Senegal e Guiana subiram no ranking. No sentido inverso Austrália, Chile Malta, Turquia e México caíram. Portugal desceu do 29.º para o 30.º lugar apesar da subida de um ponto em relação a 2017.
O relatório da Transparência Internacional destaca a queda dos EUA, país que coloca "sob observação" ao lado da Hungria e do Brasil.