O dia-a-dia de um taxista em Espanha

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De  Carlos MarlascaPedro Sacadura
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A Euronews passou o dia com uma taxista em pleno pico da greve

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Mariana está prestes a começar mais uma jornada a bordo do táxi que conduz mas, tal como nos últimos dias, com o taxímetro desligado.

Continuará em greve, num braço-de-ferro indefinido contra a proliferação dos veículos de aluguer com condutor, de plataformas com a Uber ou Cabify, que ameaçam a sua existência.

"Desde 2014 até 2019 - estamos a falar de cinco anos - o meu rendimento baixou mais de 50%", disse, em entrevista à Euronews, Mariana Valencia, taxista.

Em Madrid existem cerca de 16 mil licenças de táxi (15.723) e 6500 autorizações para veículos de aluguer com condutor. Os taxistas falam em regulação desigual. Opinião partilhada por Mariana: "Eles não têm regulação horária. Não têm tantas restrições na hora de escolher um determinado tipo de carro. Nós somos obrigados a ter veículos homologados pela autarquia."

A legislação passou a ser da responsabilidade das comunidades autónomas desde o passado mês de setembro.

Na sequência do vazio legal e de vários processos, no ano passado o Supremo Tribunal estabeleceu a existência de um veículo de aluguer com condutor por cada 30 táxis.

Concha Guardado, uma companheira de luta de Mariana, está em greve de fome há cinco dias juntamente com outros seis condutores.

"A cada dia que passa percebemos que existe uma oportunidade para pressionar o Governo da comunidade para que faça alguma coisa. Faltam-nos forças físicas mas as mentais estão mais do que nunca em alta", sublinha Concha.

A situação é cada vez mais complexa, desde o início da greve, até porque os descarregamentos de aplicações que fornecem veículos de aluguer com condutor dispararam 50%.

Carlos Marlasca, Euronews: "Há táxis nas paragens mas sem luz verde. O movimento está realmente unido e não parece que vá interromper as reivindicações constantes. A Euronews falou com responsáveis da comunidade de Madrid e não parecem dispostos a passar certas linhas vermelhas."

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