Fusão Siemens-Alstom ainda possível se proposta for corrigida

Alstom e Siemens falham maior grupo ferroviário europeu
Alstom e Siemens falham maior grupo ferroviário europeu Direitos de autor REUTERS/Gonzalo Fuentes/Arquivo
Direitos de autor REUTERS/Gonzalo Fuentes/Arquivo
De  Francisco Marques
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Comissária Europeia para a Concorrência admite rever proibição se as empresas corrigirem os remédios apresentados para poderem juntar os respetivos negócios de mobilidade

PUBLICIDADE

Siemens e Alstom lamentaram em uníssono a decisão da Comissão Europeia em vetar a fusão de ambas as empresas no maior consórcio europeu no setor ferroviário.

As empresas francesa e alemã garantem que os remédios apresentados eram amplos e abordavam todas as preocupações de Bruxelas, admitindo agora seguirem caminhos diferentes.

A Comissária Europeia para a Concorrência não concordou com os remédios apresentados e, embora admita que o negócio ainda pode acontecer, alegou que "Siemens e Alstom podiam ter obtido o aval para a fusão se tivessem proposto os remédios apropriados para resolver as preocupações de concorrência" de Bruxelas.

"Para ser clara, não há problema em ser-se grande. Não é essa a questão, aqui. O que concluímos é que a força de outros fornecedores seria insuficiente para colmatar essa perda considerável de concorrência provocada pela fusão", explicou Margrethe Vestager.

Em causa, para a Comissão Europeia, estava a perda de concorrência nos mercados da sinalização ferroviária e dos comboios de alta velocidade.

Representante de algumas das maiores empresas europeias, o presidente da confederação BusinessEurope defende novas regras.

"Temos de rever esta política de concorrência na Europa para termos a certeza de que possamos criar gigantes europeus no futuro. Temos de proteger o nosso mercado único e as regras existentes, mas temos de as fazer evoluir para que possamos ter em consideração os gigantes criados na China, nos Estados Unidos e, quem sabe, amanhã também na Índia e noutros países", afirmou à Euronews Pierre Gattaz.

Para a Siemens e para a Alston, de acordo com os respetivos comunicados, a fusão terá caído por terra.

Em declarações à Bloomberg após anunciar a proibição para a fusão, a comissária Margrethe Vestager admite porém que o negócio ainda pode avançar e convida as empresas a adequarem-se às preocupações da Comissão Europeia, apresentando uma nova proposta com soluções para todas as preocupações concorrenciais de Bruxelas.

Outras fontes • Bloomberg

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

União Europeia ameaça suspender TikTok Lite devido ao risco de dependência nos jovens

Mil italianos assinam manifesto para que Draghi seja presidente da Comissão Europeia

"Pela primeira vez temos uma abordagem europeia comum em matéria de imigração e asilo"