Rebelião ou sedição? O Tribunal Supremo espanhol vai decidir

Rebelião ou sedição? O Tribunal Supremo espanhol vai decidir
Direitos de autor REUTERS/Sergio Perez
Direitos de autor REUTERS/Sergio Perez
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Determinar se houve ou não violência na tentativa de secessão da Catalunha é a questão central do julgamento que agora começa.

PUBLICIDADE

Determinar se houve ou não violência na tentativa de secessão da Catalunha é a questão central do julgamento que agora começa.

O Ministério Público espanhol defende que houve delito de rebelião, o que implica uma sublevação violenta e pode ser punido com até 25 anos de prisão.

A defesa rejeita a acusação e diz mesmo que foram as forças policiais que utilizaram a violência para travar a votação no referendo.

"A Procuradoria diz que houve violência e que essa violência não é meramente física. A Procuradoria foi mais longe e diz mesmo que foi criado todo um ambiente para violentar o Estado e as fundações do Estado. E é nisto que os advogados de Defesa se baseiam para dizer que é um julgamento injusto, no sentido de que não houve violência. E se houve violência foi por partes das forças policiais e não dos líderes independentistas", afirma Ernesto Pascual, Professor de Direito Constitucional na Universidade Aberta da Catalunha. 

O partido de extrema-direita Vox apresenta-se como a "acusação popular" neste processo. "É claro que o que nós procuramos é que se condene os acusados às mais altas penas de prisão correspondentes e sobretudo mandar uma mensagem aos partidos separatistas de que não se podem cometer golpes de Estado em Espanha e ficar impunes", afirma Pedro Fernandez, advogado do Vox.

A defesa insiste na sua estratégia de desprestígio do sistema judicial espanhol e diz que a Declaração Unilateral de Independência não passou de um mero exercício democrático.

"Está a acusar-se os nossos clientes de um delito de rebelião e nem sequer saíram às ruas com tanques, nem iam fardados, nem levavam armas. O único que fizeram foi permitir a todos os cidadãos pegar num papel e colocá-lo numa urna", realça o advogado de defesa, Jordi Pina.

Os independentistas acusam o Estado espanhol de julgar "presos políticos" e não "políticos presos".

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Um arquiteto juntou-se a 17 famílias e nasceu a primeira cooperativa de habitação em Madrid

Só em janeiro, Canárias receberam mais migrantes do que na primeira metade de 2023

Navio de cruzeiro com 1500 passageiros retido em Barcelona porque 69 bolivianos têm vistos falsos