Secretário de Estado norte-americano prometeu trabalhar "para aumentar a pressão sobre o Irão" na cimeira de Varsóvia sobre o Médio Oriente
O secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo disse que Washington vai continuar a trabalhar para "aumentar a pressão sobre o Irão", na cimeira de Varsóvia sobre o Médio Oriente que acabou centrada nas políticas face ao regime de Teerão.
Ao mesmo tempo, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, acusou "alguns dos principais parceiros europeus de não serem suficientemente cooperativos, liderando, na realidade, esforços para criar mecanismos para deitar por terra as sanções [dos Estados Unidos]".
Entre os alvos das críticas, encontram-se a França, o Reino Unido e a Alemanha. A Polónia, anfitriã do encontro, quis deixar uma mensagem mais conciliatória.
O chefe da diplomacia polaca, Jacek Czaputowicz, afirmou que "o objetivo das atividades de longo alcance será desenvolver uma visão positiva para toda a região" e acrescentou que espera que "os resultados dos grupos de trabalho sejam a base para futuros encontros sobre o Médio Oriente, como parte do processo de Varsóvia".
A cimeira na Polónia ficou marcada pelas ausências de elementos-chave no Médio Oriente, com a Autoridade Palestiniana e o Líbano e, em particular, o Irão, a Turquia e a Rússia, estes três últimos reunidos em paralelo noutra conferência na estância russa de Sochi.
O professor Michal Chorosnicki, da Universidade Jaguelônica de Cracóvia, diz que "os resultados da cimeira serão tratados pelo Irão e aliados como uma tentativa para cercar o país e impôr a vontade externa".
O correspondente da euronews em Varsória, Leslek Kablak, afirma que "a fé faz milagres, mas atualmente só um milagre pode reunir Israel e o Irão e, infelizmente, todos têm consciência disso".