Putin defende retirada dos EUA da Síria

O presidente russo recebeu em Sochi os homólogos turco e iraniano para uma cimeira onde sublinharam a unidade na luta contra os "jihadistas" na Síria. No entanto, o encontro evidenciou também a falta de um plano concreto para depois da saída das tropas norte-americanas, anunciada por Donald Trump.
Vladimir Putin frisou que "durante o encontro, foi discutido o impacto dos planos anunciados pelos Estados Unidos de se retirarem das regiões do nordeste do país no futuro da Síria". O presidente russo frisou que, para ele e os homólogos, "será um passo positivo para ajudar a estabilizar a situação nessa parte da Síria onde, em última instância, o governo legítimo deve reassumir o controlo."
Putin acrescentou, no entanto, que até ao momento a Rússia não notou qualquer mudança significativa que sugira que a administração Trump se prepara para avançar com a prometida retirada.
Por seu lado, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que as esperanças numa resolução política do conflito - que reclamou até ao momento mais de 350.000 vidas - nunca foram tão fortes.
No terreno, forças curdas e árabes apoiadas pela coligação liderada pelos Estados Unidos, lançaram há poucos dias a ofensiva "final" sobre o último reduto "jihadista" na província de Deir Ezzor.