Os casos mais mediáticos foram o do lusodescendente Jérôme Rodrigues, que perdeu uma vista, e outro manifestante, nos protestos da semana passada, que perdeu uma mão com a explosão de uma granada.
França prepara-se para o "Ato 14" dos "coletes amarelos" - décimo quarto fim de semana consecutivo de mobilização contra as políticas do presidente Emmanuel Macron. O que começou como um protesto contra a subida nos impostos sobre os combustíveis e contra o aumento do custo de vida transformou-se num protesto generalizado que tem Macron como principal alvo. Os protestos têm vindo a perder força, com a participação a cair, mas a violência está a saltar mais à vista.
Esta sexta-feira, no julgamento de um dos líderes do movimento, Éric Drouet, o Ministério Público pediu um mês de prisão com pena suspensa e uma multa de 500 euros. O camionista de 34 anos é acusado de organizar manifestações sem declaração prévia às autoridades.
A reação por vezes violenta da polícia francesa face aos manifestantes chegou ao Parlamento Europeu. Os eurodeputados, por larga maioria, aprovaram uma resolução a condenar as intervenções violentas e desproporcionadas da polícia face aos manifestantes. A resolução passou com 438 votos a favor, 78 contra e 87 abstenções. Os casos mais mediáticos foram o do lusodescendente Jérôme Rodrigues, uma das figuras mais visíveis do movimento, que perdeu uma vista com o disparo de uma bala de borracha, e outro manifestante, nos protestos da semana passada, que perdeu uma mão com a explosão de uma granada.