Brexit leva três deputadas a abandonar o Partido Conservador

Brexit leva três deputadas a abandonar o Partido Conservador
Direitos de autor 
De  João Paulo Godinho
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Heidi Allen, Sarah Wollaston e Anna Soubry sempre foram contra a saída da União Europeia e lamentam a deriva do partido para a direita.

PUBLICIDADE

O conturbado processo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) ditou hoje a saída de três deputadas do Partido Conservador. Heidi Allen, Anna Soubry e Sarah Wollaston, todas a favor da permanência britânica no espaço comunitário, revoltaram-se contra a liderança de Theresa May.

Para este trio, o partido sucumbiu à fação de direita mais eurocética do European Research Group, o ERG, considerados radicais do Brexit.

"Os conservadores sempre foram reconhecidos pela competência económica. Mas quando permitimos que um ministro diga 'que se lixem os negócios!', uma primeira-ministra intimidada pelo ERG e que agora está a arrastar o país e o parlamento aos gritos para o abismo de um não acordo - para mim chega. Eu quero fazer parte de algo melhor, um partido em que as pessoas votam porque querem, não porque sentem que é necessário", disse Heidi Allen, uma das dissidentes.

Na opinião das três deputadas, “o ‘Brexit' redefiniu o Partido Conservador - desfazendo todos os esforços para modernizá-lo. Houve um fracasso sombrio em resistir à linha dura do ERG, que opera abertamente como um partido dentro de um partido, com o seu próprio líder [Jacob Rees-Mogg] e política".

Wollaston, Allen e Soubry, assumidamente anti-'Brexit', anunciaram a intenção de se juntarem ao Grupo Independente no parlamento, que conta com oito deputados que se desfiliaram do Partido Trabalhista esta semana.

Entretanto, a primeira-ministra britânica, Theresa May, já veio lamentar a partida destas deputadas e não deixou de reconhecer que o Brexit seria sempre um processo muito complexo.

"Estou entristecida por esta decisão - são pessoas que prestaram um serviço dedicado ao nosso grupo ao longo de muitos anos e agradeço-lhes por isso. É claro que a adesão do Reino Unido à UE tem sido uma fonte de discórdia tanto no nosso partido como no nosso país há muito tempo. Acabar com essa afiliação depois de quatro décadas nunca seria fácil", concluiu.

Outras fontes • LUSA / BBC

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Oposição pressiona PM britânica

Comerciantes britânicos preparam-se para o Brexit

Theresa May quer cumprir prazos