´Putin deixa recado à União Europeia e ameaça EUA com poderio militar

´Putin deixa recado à União Europeia e ameaça EUA com poderio militar
De  João Paulo Godinho
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O presidente russo disse que o país não tem vontade de entrar em confronto, mas que estará pronto para responder a qualquer ameaça.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deixou esta quarta-feira um sério aviso aos Estados Unidos da América para o risco de qualquer ação considerada agressiva, ao garantir que o país "estará pronto para responder a qualquer ameaça".

As palavras do líder russo tiveram lugar no discurso anual do Estado da Nação perante os membros da Assembleia Federal, em Moscovo, naquela que foi a primeira vez que se dirigiu às duas câmaras do parlamento desde que foi eleito em março de 2018 para mais um mandato de seis anos.

"A Rússia será obrigada a criar e utilizar os tipos de armas que podem ser usadas não apenas contra os territórios dos quais a ameaça direta pode sair, mas também em relação aos territórios onde estão os centros de tomada de decisão para o uso de sistemas de mísseis que nos ameaçam", declarou Putin, aludindo a Washington e às bases americanas internacionais.

Apesar das palavras duras - entre as quais se destacaram as críticas à saída americana do acordo de armas nucleares -, o presidente russo vincou que o país "não é uma ameaça direta aos EUA e que deseja ter relações amigáveis", acrescentando que todas as medidas tomadas "são de caráter defensivo" e que não existe "desejo de entrar em confronto".

No mesmo sentido, Putin relembrou a importância de a Rússia prosseguir o seu desenvolvimento social, económico, militar e tecnológico.

Paralelamente, o presidente russo deixou também um recado para a União Europeia. Num momento em que a economia do país se debate ainda com pesadas sanções internacionais, que perduram desde a anexação da Crimeia, Putin manifestou a expetativa da normalização da situação a curto prazo.

""Esperamos que sejam dados passos reais para a reconstrução da normal relação política e económica do lado da União Europeia e dos principais países europeus. Os cidadãos desses países estão interessados na cooperação com a Rússia, incluindo, é claro, as grandes e as pequenas e médias empresas", explicou.

A abrir a sua intervenção, Vladimir Putin reiterou o objetivo político de melhorar as condições de vida das famílias russas, com diversas medidas de apoio fiscal e social para a promoção da natalidade, num esforço de contrariar a queda a nível demográfico na Rússia.

Outras fontes • Reuters / AFP

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