150 deserções no exército venezuelano só no fim de semana

Deserções militares Venezuela
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De  Ricardo Borges de Carvalho
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Número foi avançado pelas autoridades colombianas. Regime de Nicolas Maduro continua a impedir a entrada de ajuda humanitária

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Segundo as autoridades colombianas, só este fim de semana terão sido mais de 150 os militares que abandonaram a Venezuela e pediram ajuda no país vizinho.

Outros fugiram para o Brasil. Foi o caso de dois sargentos e um soldado que aproveitaram uma patrulha noturna junto à fronteira para largar as armas e pedir ajuda humanitária para os compatriotas.

O sargento Jean Carlos Parra, de 22 anos, justifica: "Não podíamos aceitar mais a ditadura de Nicolas Maduro e da sua gente. Estamos cansados disso, não podemos continuar assim. Temos consciência daquilo que sofre o povo venezuelano na Venezuela."

Um fim de semana também marcado por confrontos na fronteira entre o Brasil e a Venezuela.

Dezenas de venezuelanos que já tinham atravessado para o Brasil, voltaram à fronteira para lançar pedras aos soldados de Nicolas Maduro. Os militares responderam com gás  lacrimogéneo.

Um dos opositores a Maduro, o governador regional de Gran Sabana, Emilio González, em declarações ao jornal o Globo, revelou que foram encontrados na sua região os corpos de 25 pessoas. Terão sido mortas em confrontos com militares e milícias pró-goveno da Venezuela.

Enquanto isso, na Colômbia, o autoproclamado Presidente interino, Juan Guaidó, tenta encontrar uma solução para o conflito em conjunto com os 12 países que fazem parte do chamado grupo de Lima.

**"Povo da Venezuela, aqui estamos, hoje, em Bogotá. viemos à Colômbia para ajudar o nosso povo, um povo que resiste, que insiste em procurar a democracia, a liberdade e, claro Presidente Duque todo o nosso agradecimento."

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O Presidente colombiano, Iván Duque, foi à fronteira com a Venezuela ver o resultado dos confrontos deste fim de semana e revoltou-se com o disse ser uma tragédia.

"E aqui está o símbolo da barbárie. Um camião de medicamentos e de alimentos incinerado que queria passar pacificamente para o seu território para levar aos cidadãos que morrem de fome, que não têm medicamentos, o que precisam para sobreviver."

Mas a tragédia que o presidente colombiano vê, é encarada como uma vitória por parte do braço direito de Nicolás Maduro, o Presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello.

"Dissemos a 23 de fevereiro o que ia acontecer e o que aconteceu? (Público: Nada) Não aconteceu nada. Não passou nem um camiãozinho de ajuda humanitária como tinham ameaçado."

Ajuda humanitária que também não chega por mar, com os militares venezuelanos a impedirem um barco de alimentos e medicamentos de atracar no país.

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