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Nova falha de energia agrava braço de ferro político na Venezuela

Nova falha de energia agrava braço de ferro político na Venezuela
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De João Paulo Godinho
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Protestos espontâneos de venezuelanos a exigir o fim definitivo do apagão somam-se às manifestações pró e contra regime.

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O apagão que deixou a Venezuela sem energia entrou já no terceiro dia, para desespero dos venezuelanos. No sábado as informações apontavam para um restabelecimento da eletricidade na maioria do território, mas nova falha deixou o país às escuras.

A falha de energia começou na quinta-feira às 17:00 locais (21:00 em Lisboa) e afeta quase todo o país, embora a corrente tenha retornado parcialmente em alguns bairros de Caracas antes de ser cortada novamente.

Por entre manifestações pró e contra o regime do presidente Nicolás Maduro, surgiram também protestos espontâneos de pessoas a reclamar de forma pacífica o fim da crise elétrica.

A falha prolongada de energia é mais um golpe na vida de um povo que enfrenta uma grave crise económica, social e política.

Nicolás Maduro voltou também às ruas de Caracas para responder à pressão das manifestações anti-regime. Perante milhares de apoiantes, o presidente acusou a oposição e os Estados Unidos de estarem por detrás do maior apagão da história da Venezuela.

"Quando há ataques deste tipo feitos pela oposição do país, a extrema direita... Eles são, sem dúvida, os autores intelectuais e materiais deste ataque que usou tecnologia de ponta que só o governo dos Estados Unidos tem no mundo", afirmou.

A capital do país ouviu novamente a voz de Juan Guaidó. Sem permissão das autoridades para fazer um comício, foi de megafone e em cima de um carro que Guaidó se dirigiu a milhares de apoiantes.

O líder do parlamento e autoproclamado presidente interino regressou depois de um périplo por alguns países da América Latina e prometeu uma jornada pelos 23 estados da Venezuela até à conquista final de Caracas.

"Anuncio a minha viagem e a dos deputados por toda a Venezuela para trazer definitivamente todos a Caracas", disse, voltando a abrir a porta a uma intervenção estrangeira.

"Artigo 187, quando chegar o momento", afirmou o presidente da Assembleia Nacional, referindo-se à alínea da Constituição que prevê "missões militares venezuelanas no exterior ou estrangeiras no país".

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o opositor e presidente da Assembleia Nacional (parlamento), Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um Governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, no poder desde 2013, denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

Outras fontes • Reuters / Lusa

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