O ex-presidente do Brasil foi detido, quinta-feira, em São Paulo e transferido para o Rio de Janeiro, para a sede da Polícia Federal. Temer é acusado de liderar um grupo criminoso que desviou aproximadamente 474 milhões de dólares.
No âmbito do processo Lava Jato, o ex-presidente do Brasil, Michel Temer, é acusado de liderar uma organização criminosa e receber subornos em troca de favorecimento a empresas já condenadas por contratos ilegais com a estatal Eletronuclear.
O ex-chefe de Estado foi detido, esta quinta-feira, em São Paulo e posteriormente transferido para o Rio de Janeiro, para a sede da Polícia Federal, onde vai ficar em prisão preventiva.
O Ministério Público brasileiro diz ter provas suficientes de que Temer é o líder de um grupo criminoso que desviou aproximadamente 474 milhões de dólares (1.800 milhões de reais) em 40 anos.
O Procurador da República, Coordenador da Lava Jato no Rio de Janeiro, Eduardo El Hage, afirma que a investigação "mostrou que havia uma organização criminosa montada dentro da Eletronuclear."
Alegando que não há provas, a defesa apresentou um pedido de "habeas corpus" perante a Justiça para que Temer seja libertado.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, também reagiu à detenção do seu antecessor.
" Como disse há pouco, a justiça nasceu para todos e cada um responda pelos seus atos,"declaroui Jair Bolsonaro.
Wellington Moreira Franco, ministro de Minas e Energia no Governo de Michel Temer, e seu correligionário no partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), também foi preso, assim como mais oito pessoas.
Além do caso Eletronuclear, Michel Temer é alvo de uma dezena de investigações.