Augusto Santos Silva defende que "a União Europeia deve dar ao Reino Unido o tempo de que o Reino Unido precisa"
O Conselho Europeu extraordinário de quarta-feira será decisivo para o futuro do Brexit e enquanto os 27 não se pronunciam sobre a extensão do artigo 50º, Portugal não deixou de fazer ouvir a sua voz. Foi à margem de uma reunião dos chefes da diplomacia europeia, no Luxemburgo, que Augusto Santos Silva pediu mais tempo para Londres:
"Nós não somos muito partidários de condicionalidades muito restritas. Já fomos vítimas dessa lógica da condicionalidade muito restrita. E, portanto, é evidente que se o Reino Unido quiser uma extensão do prazo que vá além da data das próximas eleições europeias, o Reino Unido tem de realizar eleições europeias, mas pensamos que não devemos acrescentar a essas condições [outras] condições que fossem demasiado penalizadoras da posição britânica."
O ministro português dos Negócios Estrangeiros lembrou que a saída sem acordo, a 12 de abril, continua em cima da mesa mas que esse é um cenário que ninguém pretende.