A defesa de Julian Assange tenta evitar a extradição para os Estados Unidos, receando que possa ser acusado de espionagem.
Que futuro para Julian Assange? A justiça britânica acusa-o de ter infringido a liberdade condicional em 2012, quando se refugiou na embaixada do Equador; a justiça sueca acusa-o de abusos sexuais e violação, mas o que mais inquieta a defesa do fundador do Wikileaks é que e os Estados Unidos querem julgá-lo pela divulgaçãos de documentos secretos em 2010, como explica Greg Barns, o seu consultor jurídico australiano.
"Em algumas decisões os tribunais do Reino Unido têm sido muito cautelosos quanto aos pedidos dos Estados Unidos em particular porque os Estados Unidos têm o hábito de extraditar pessoas e quando estas chegam à América decidem acusá-las de mais ofensas".
Se for acusado de piratagem informática, Assange poderá ser condenado até cinco anos de prisão, mas se a acusação for mudada para espionagem, o que temem os seus advogados poderá ser condenado a prisão perpétua ou mesmo à pena de morte.
A advogada, Jennifer Robinson, promete lutar contra a extradição, considerando que será um precedente terrível para todos os jornalistas que publiquem informação sobre os Estados Unidos.
A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, afirma: "Estamos a seguir o caso. Esperamos que as autoridades garantam que o caso do senhor Assange é tratado no completo respeito pelos seus direitos processuais e pelos seus direitos a um julgamento justo, mesmo no que respeita a qualquer processo de extradição".
Enquanto se esperam decisões da justiça, há quem preconize enviá-lo para a Austrália, país da sua natalidade, e quem defenda que lhe deve ser dado asilo na Europa. Em Berlim manifestaram-se dezenas de pessoas, para pedirem a Angela Merkel que lhe conceda asilo político.