Jornais, analistas e cidadãos apresentam visões distintas sobre 'vencedores e vencidos' num debate sem uma tendência clara para as eleições de dia 28.
Os quatro principais candidatos às eleições legislativas de 28 de abril em Espanha esgrimiram na segunda-feira os seus argumentos num debate televisivo em que tentaram convencer mais de um terço de espanhóis que afirmam não ter ainda decidido em quem votar.
Nenhum dos líderes dos quatro maiores partidos políticos espanhóis parece ter sido um claro vencedor do primeiro de dois debates previstos, segundo a opinião de vários analistas e as visões dos diferentes jornais.
Também nas ruas não se identificou uma tendência clara sobre 'vencedores e vencidos', mas a maioria criticou o afunilamento do debate com o tema da Catalunha e não nas questões sociais e económicas.
Os candidatos defenderam as propostas que têm apresentado ao longo da campanha eleitoral, tentando não cometer erros que os pudessem penalizar.
Pedro Sánchez, do PSOE (socialistas) e atual líder do Executivo, e Pablo Iglesias, do Podemos (extrema-esquerda), confirmaram a sua disposição em formar um governo de esquerda, no caso de terem uma maioria suficiente.
Do lado dos partidos de direita, Pablo Casado do PP (Partido Popular, direita) e Albert Rivera do Cidadãos (direita liberal) também se mostraram dispostos a aliar-se num eventual acordo pós-eleitoral, com Rivera a apresentar-se particularmente agressivo contra o presidente do governo.
A questão independentista catalã ocupou uma parte importante das discussões, com Sánchez e Iglesias a defenderem a atual política de diálogo.
Por sua vez, Casado e Rivera asseguraram que, se ganharem as eleições, o governo central irá voltar a intervir naquela região, que continua a ter um executivo separatista.
Pedro Sánchez, convocou eleições legislativas antecipadas para 28 de abril, as terceiras em menos de quatro anos, depois de o parlamento ter chumbado em 13 de fevereiro o seu projeto de Orçamento para 2019.
O segundo debate eleitoral vai ter lugar esta terça-feira na Atresmedia, o maior grupo privado de comunicação social espanhol, dono, nomeadamente, das televisões Antena 3 e La Sexta.