Na sua primeira grande conferência, quinta-feira, o Presidente francês prometeu cortar impostos, mas disse que os franceses teriam que trabalhar mais. Os opositores dizem que Macron "não percebeu nada".
Após meses de protestos, o Presidente francês, Emmanuel Macron, na sua primeira grande conferência, em horário nobre, quinta-feira, prometeu cortar impostos, mas disse que os franceses teriam que trabalhar mais.
Os coletes amarelos estão desiludidos com Macron.
"Estou desapontada. Diria que ele não entendeu nada, ele lixou-nos e não reconhece isso," afirma uma mulher.
"O vácuo absoluto, além de meter mais lenha na fogueira, é tudo o que ele (Macron) está a fazer. Mantemos todas as ações, reuniões e tudo o que já está planeado. Infelizmente, tendo em conta os apelos às manifestações, temo que o 1.º de Maio vá ser violento, muito violento e com muita gente," considerou um homem.
Nicolas Bay, da Reunião Nacional, reagiu dizendo que após seis meses de crise social o Presidente "não percebeu nada".
Laurent Waukiez, do partido Os Republicanos, afirma que "não há nenhuma pista séria sobre o financiamento" das medidas anunciadas.
Jean-Luc Mélenchon, da França Insubmissa, considera que Macron "atiçou a crise política".
Após quase dois anos de mandato e uma digressão nacional para realizar o "grande debate", a conferência em horário nobre foi, também, um tentativa de acalmar os quase seis meses de protestos de "coletes amarelos" que semanalmente agitam o país.
Macron lamentou ter "dado" a "sensação" de ser "duro" e "injusto" com os franceses. Um pedido de desculpas que parece não ser suficiente para desmobilizar os coletes amarelos