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Um milhão de espécies em risco de desaparecer

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Direitos de autor  Reuters
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De Teresa Bizarro
Publicado a
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Planeta enfrenta a maior extinção dos últimos 65 milhões de anos. A única boa notícia é que ainda é possível inverter a tendência de destruição

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É considerado o mais completo relatório sobre a vida no planeta Terra nos últimos 50 anos. As conclusões da IPBES, a Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos - que funciona sob a égide da ONU - são devastadoras:

  • Um milhão de espécies enfrentam a extinção nas próximas décadas. 25% dos mamíferos, mais de 40% dos anfíbios e 10% dos insetos podem ter os dias contados na Terra.  O número é o mais elevado dos últimos 65 milhões de anos.

  • 75% por cento do planeta está "severamente afetado" pelas atividade humana;

  • A produção de alimentos aumento 300 por cento desde 1970;

  • Um terço das reservas de peixe estão praticamente destruídas;

  • A produção de madeira e desflorestação subiram 45% nas últimas décadas.

A plataforma analisou dados recolhidos por 455 peritos de 50 países, ao longo de três anos. Para o presidente da organização, as conclusões provam que este não é apenas um problema ambiental. É um problema global.

"As perdas na biodiversidade e as alterações climáticas são questões do ambiente, desenvolvimento, economia e segurança e devem ser abordadas em conjunto. Não estão apenas na alçada dos ministros do Ambiente. Os governos têm de trabalhar transversalmente e os departamentos oficiais em todo o mundo têm de trabalhar juntos," avisa Robert Watson.

"Se queremos deixar aos nossos filhos e netos um mundo que não tenha sido destruído pela atividade humana, temos de agir agora. É fundamental que os governos e o setor privado ouçam as vozes dos pobres," acrescenta o presidente da IPBES. Mas apesar do diagnóstico trágico, a organização quer passar uma mensagem de esperança. É possível inverter a tendência de destruição. "Não queremos que as pessoas se sintam desanimadas; que pensem que nada há a fazer; que perdemos a batalha. Não perdemos e se dermos oportunidade à natureza, esta vai revigorar-se e prevalecer. Por isso, queremos que todos sintam que podem contribuir," afirma a secretária executiva da instituição.

Um apelo à alteração urgente de hábitos e formas de produção.

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