Europa teme efeitos da guerra comercial EUA-China

A China e os Estados Unidos estão envolvidos numa guerra comercial e a França não gosta disso.
O último episódio aconteceu esta sexta-feira, com o anúncio do aumento de 25% nas tarifas à importação de um conjunto de bens de um valor total de 200 mil milhões de dólares. Donald Trump justifica a medida com o recuo da China em vários compromissos que tinha assumido.
Para o ministro da economia francês, Bruno Le Maire, este braço-de-ferro não pode trazer nada de bom: "Não há ameaça maior ao crescimento mundial e ao nível de vida de todos nós que uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Significa que as tarifas comerciais vão aumentar, há menos mercadorias a circular, vai ser mais difícil fazer circular as mercadorias francesas pelo mundo. Isso vai destruir postos de trabalho. Uma guerra comercial destrói empregos em França e na Europa. É aí que a Europa se deve unir para resistir", disse numa entrevista televisiva.
A guerra comercial entre as duas potências pode atingir indiretamente a Europa, que deve assinar um acordo comercial com a China no próximo ano.
As preocupações do governo francês são partilhadas por outros executivos europeus. O ministro alemão da Economia, Peter Altmaier, diz que espera que o conflito se resolva, pois ninguém pode sair dele a ganhar.