A votação dos quatro juízes sobre a libertação do ex-presidente foi unânime, embora tenha um caráter provisório.
O Superior Tribunal de Justiça do Brasil ordenou esta terça-feira a libertação do ex-presidente Michel Temer.
Numa votação unânime dos quatro juízes, o antigo chefe de Estado ficou assim autorizado a responder em liberdade no processo de corrupção em que é acusado.
A mesma decisão, que tem um caráter provisório, foi aplicada ao coronel João Baptista Lima Filho, ex-assessor e amigo pessoal do político.
Acusado de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, Temer, de 78 anos, estava em prisão preventiva desde a semana passada.
Os magistrados entenderam agora, face ao habeas corpus apresentado pelos advogados, que não existiam elementos que justificassem a medida de coação mais gravosa.
Em alternativa, foi proposto o bloqueio de bens do ex-presidente, bem como a proibição de viajar, de mudar de morada ou de manter contacto com outros alvos da investigação.
Esta foi já a segunda detenção para Michel Temer, depois de o ex-presidente ter sido detido por quatro dias em março no âmbito da operação Descontaminação, relacionada com o processo Lava Jato, a maior operação de combate à corrupção no Brasil.