Trump pressiona China com proibição à Huawei

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De  João Paulo Godinho
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O presidente dos EUA continua a garantir ter uma "relação extraordinária" com o seu homólogo chinês, Xi Jinping.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na quarta-feira "emergência nacional" e emitiu uma ordem executiva a proibir empresas do país de usarem equipamentos de telecomunicações de empresas estrangeiras consideradas de risco, uma medida que visa, sobretudo, a Huawei e aumenta a pressão na guerra comercial com a China.

A ordem autoriza o Departamento do Comércio a impedir negócios que envolvam tecnologias desenvolvidas por “adversários estrangeiros" que a Casa Branca considera que estão a explorar vulnerabilidades nos serviços e infraestruturas tecnológicas de informação e comunicação dos EUA para espionagem ou sabotagem.

Esta ordem presidencial agudiza a batalha sobre o controlo das redes de telecomunicações 5G e, nomeadamente, o diferendo comercial entre os dois países.

"Temos uma pequena disputa com a China porque fomos tratados de forma injusta por muitas, muitas décadas. Isto deveria ter sido resolvido há bastante tempo, e não foi, pelo que estamos a lidar com isso agora. Penso que tudo vai acabar por correr muito bem. Estamos numa posição muito forte. Nós somos o 'porquinho mealheiro' de que toda a gente gosta de tirar partido", afirmou Trump.

Os EUA lideram uma campanha global para impedir que companhias chinesas, como a gigante Huawei, fiquem com o controlo das redes 5G, que permitem navegar pela internet com mais velocidade e podem facilitar o desenvolvimento de veículos autónomos e técnicas para realizar cirurgias por controlo remoto.

Também na Europa há países preocupados com a entrada do investimento chinês na União Europeia, designadamente no desenvolvimento das redes 5 e 5G.

A sanção que tem a Huawei como alvo é mais uma acha para a fogueira da tensão entre Washington e Pequim. Contudo, Trump está otimista em plena guerra comercial.

"Estamos a perder há muito tempo entre 300 a 500 mil milhões de dólares por ano nas relações comerciais com a China. Não podemos deixar que isso aconteça. A minha relação com o Presidente Xi Jinping é extraordinária, é realmente muito boa, mas ele defende a China e eu represento os EUA. É muito simples", assegurou.

As autoridades chinesas já tinham anunciado que uma decisão como esta seria um abuso de poder de Washington e vem agudizar a incerteza sobre o impasse no braço de ferro comercial entre as duas potências.

Na passada sexta-feira, Washington começou a aplicar uma nova subida das taxas alfandegárias sobre bens importados da China, sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares (cerca de 178 mil milhões de euros). Em retaliação, Pequim anunciou um aumento das taxas alfandegárias sobre 60.000 mil milhões de dólares de bens importados dos EUA.

Outras fontes • Reuters / Lusa

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