Candidato Socialista à Comissão Europeia discursou num comício dos camaradas húngaros a uma semana das Eleições
O partido conservador húngaro Fidesz e o respetivo líder, o primeiro-ministro Viktor Orbán, representam uma ameaça para a Hungria e para a União Europeia.
A acusação partiu do candidato do Partido Socialista Europeu à presidência da Comissão Europeia, o holandês Franz Timmermans, em declarações à Euronews à margem de um comício este sábado dos camaradas húngaros.
"Sei que muitos meios de comunicação são controlados pelo Fidesz, por isso é muito difícil fazer passar a mensagem, mas admiro bastante o espírito combativo dos socialistas, a forma como continuam a bater-se e a ser otimistas. Um dia conseguiremos um bom resultado se nos mantivermos fiéis aos valores europeus", afirmou o ainda vice-presidente de Jean Claude Juncker em Bruxelas.
O holandês aproveitou para voltar a mostrar-se disponível para um debate sugerido pela Euronews frente a Orbán depois de ter sido acusado pelo líder húngaro de ser um fantoche do milionário George Soros, com quem o governante mantém um atrito.
Orbán recusouo debate, alegando ser incorreto que um primeiro-ministro se intrometa na campanha política entre o socialista holand'es Timmermans e o alemão Manfred Weber, o candidato pelo Partido Popular Europeu, no qual o Fidezs está suspenso desde março.
"Viktor Orbán mencionou-me pessoalmente duas vezes, com alegações contra mim e a forma como me tornei cabeça de lista, afirmando que eu estava a ser pago por alguém. Se uma pessoa diz isso e refere o nosso nome, essa pessoa deve ter a coragem de nos enfrentar cara a cara", defendeu o socialista.
As sondagens húngaras rumo às Europeias sugerem mais um triunfo de Orbán na Hungria.
Para Timmermans, era por isso importante ir a Budapeste a uma semana das eleições mostrar que a Europa continua a apoiar a luta dos húngaros pela democracia e pela liberdade.
"Um voto nos membros do Partido Socialista Húngaro e do Partido Socialista Europeu por toda a Europa é a melhor maneira de manter a Europa livre e os extremistas sem poder", disse Frans Timmermans numa publicação partilhada pelo Facebook, na qual perspetivava a escala seguinte: Amesterdão, na Holanda.
Este domingo, Frans Timmermans está em Rijeka, na Croácia.