Papa celebra missa em região de maioria húngara

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De  Euronews
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Comunidade húngara do País Sículo, em pleno coração da Roménia, espera que visita do Papa Francisco sirva para voltar a trazer à ordem do dia as exigências de maior autonomia cultural

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Em visita à Roménia, o Papa Francisco passa este sábado pelo País Sículo, região histórica e etnográfica de maioria húngara. O Sumo Pontífice celebrará uma missa em Şumuleu Ciuc, também conhecido pelo nome húngaro de Csíksomlyó, localidade onde se encontra o santuário com a estátua da Virgem Maria, que marca o fim de uma rota de peregrinação com mais de 1400 quilómetros, com início na Áustria.

Um peregrino explica que saiu da localidade austríaca de "Mariazell a 29 de março" para chegar aqui "a tempo da visita do Papa".

Contrariamente aos peregrinos e turistas ocasionais, o líder da Igreja Católica chegará aqui de helicóptero vindo diretamente da capital romena, prometendo agitação a uma área habitualmente pacata. Se os residentes estão contentes com a visita, também há quem critique todo o dispositivo que rodeia a deslocação.

Um habitante explica que "todos imaginam receber o Papa com o coração e estar perto dele, de forma espontânea. Mas agora vêem que as coisas serão diferentes, devido à enorme rede de segurança que o rodeia. É demasiado aparato para uma visita".

O País Sículo está a centenas de quilómetros da fronteira húngara, mas aqui o húngaro é o idioma nativo e a maioria da população local quer mais autonomia cultural, o que se traduz em tensões constantes com as autoridades romenas.

O presidente da câmara da localidade vizinha de Racu (ou Csíkrákos em húngaro) explica que "há um contexto histórico que afeta o quotidiano. Há 100 anos [...] as fronteiras foram redesenhadas sem consultar o povo, que foi forçado a viver numa nação diferente".

Para a comunidade húngara desta região em pleno coração da Roménia, a visita do Papa é assim vista como uma oportunidade para trazer de novo a questão de uma autonomia alargada para a ordem do dia.

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