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Xi Jinping fortalece relações com a Rússia

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Direitos de autor  REUTERS/Florence Lo/Pool/File Photo
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De Nara Madeira
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O presidente chinês inicia, esta quarta-feira, uma visita de três dias à Rússia.

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O presidente da China, Xi Jinping, inicia esta quarta-feira uma visita de três dias à Rússia. Os dois países querem mostrar à comunidade internacional, e em particular aos EUA, que estão cada vez mais próximos. Espera-se que da deslocação saiam acordos bilaterais entre os dois países, em áreas como a diplomacia.

Mas é o turismo que está em plena expansão. São cada vez mais os turistas chineses que visitam a Rússia. Desde a anexação da Crimeia, há cinco anos, que o rublo tem caído a pique, devido à pressão internacional do Ocidente. Situação que tornou o país mais atrativo e acessível para as famílias chinesas.

"O número de turistas chineses, na Rússia, quase duplicou desde 2014, Moscovo espera que esse crescimento chegue a outras esferas da sua economia e a que a guerra comercial entre os EUA e a China possa influenciar, positivamente, o diálogo entre os dois países", explica a correspondente da euronews em Moscovo, Galina Polonskaya.

A intensificação da guerra comercial entre Washington e Pequim aproximou os dois países que procuram superar os desafios que têm pela frente, no caso da Rússia devido às sanções impostas desde a anexação da Crimeia. O executivo chinês adiantava as relações entre os, agora, grandes aliados estão cada vez mais "maduras, estáveis e fortes":

"A Rússia está a passar pela escalada das sanções, a China pela guerra comercial com os EUA. Querendo ou não, os americanos ajudaram chineses e russos a aproximarem-se", refere Shiliang Sheng, investigador do Centro de Estudos sobre as Questões Mundiais de Xinhua.

"A lua-de-mel nas relações sino-americanas estava a fortalecer a economia mundial, e agora estamos diante de uma nova fase e ninguém sabe o que vai acontecer. É muito importante que a nível internacional haja uma força que equilibre os fatores negativos ou desestabilizadores, e a parceria russo-chinesa pode ser uma dessas forças", adianta Andrei Karneev, vice-diretor do Instituto de Estudos Asiáticos e Africanos da Universidade de Moscovo.

O chefe de Estado chinês participará no 23º Fórum Económico Internacional, que decorrerá em São Petersburgo, e que reúne dezenas de pequenas e médias empresas. Espera-se que sejam assinados vários acordos, em setores como o da energia e petróleo. Mas há barreiras, intransponíveis, entre os dois países:

"A China não vai perder os mercados ocidentais em favor do pequeno mercado da Federação Russa, a escala é incomparável. E as empresas privadas na China têm muito medo das sanções impostas contra empresas e bancos na Rússia", explica o gestor de capitais Maksim Orlovsky.

Questões económicas à parte, em termos Diplomáticos a aproximação, entre China e Rússia, cria preocupações à comunidade internacional porque esta aliança pode ter consequências em questões sensíveis como o Médio Oriente, a Coreia do Norte e a Venezuela. Espera-se, aliás, que estas problemáticas estejam em cima da mesa.

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