Multidões manifestam-se contra a lei que permite a extradição quase automática para a China continental.
Hong Kong vive os maiores protestos desde a chamada "revolta dos guarda-chuvas" de há cinco anos. Dezenas de milhares de pessoas cercaram o parlamento do território esta manhã e obrigaram a um adiamento da segunda ronda do debate da lei da extradição, o documento que está no centro da polémica.
A lei passa a permitir a extradição quase automática de pessoas para a China continental, incluindo por dissidência política, ou por acusações de corrupção que são muitas vezes usadas pelo regime chinês para perseguir opositores. A chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, é o principal alvo dos protestos.
Segundo os opositores, este diploma vai contra os termos do acordo entre o Reino Unido e a China que permitiu a entrega do território, antiga colónia britânica e garante a fórmula conhecida como "um país, dois sistemas", com a independência dos órgãos de soberania honcongueses, incluindo do sistema judicial.