"Breves de Bruxelas": EU aumenta capacidade na cibersegurança

"Breves de Bruxelas": EU aumenta capacidade na cibersegurança
Direitos de autor REUTERS/Kacper Pempel
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De  Isabel Marques da SilvaEfi Koutsokosta
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Para fazer face aaos ciberataques e lacunas na segurança dos serviços e produtos da Internet, usados por cidadãos e empresas, entra em vigor, quinta-feira, a Lei de Segurança Cibernética e há uma agência permanente para a monitorizar e harmonizar a resposta.

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O alegado ciberataque aos computadores da missão da União Europeia em Moscovo, por entidades russas, no início de junho, criou alarme nos governos dos 28 Estados-membros.

Para fazer face a este tipo de ameaça e a outras lacunas na segurança dos serviços e produtos da Internet, usados por cidadãos e empresas, entra em vigor, quinta-feira, a Lei de Segurança Cibernética e há uma agência permanente para a monitorizar e harmonizar a resposta.

"Os britânicos têm muitos especialistas e recursos. Por exemplo, podem examinar minuciosamente os circuitos electrónicos dos telemóveis da Huawei. A maioria dos países europeus não tem a capacidade de o fazer. Os seus sistemas tecnológicos, os meios de recolha de informação secreta não são fortes e eficientes para chegar ao elevado nível dos britânicos", disse, à euronews, Gustav Gressel, perito em cibersegurança no Conselho Europeu de Relações Exteriores.

"Muitos países vão aprendendo com o que vai acontecendo no terreno, como é o caso dos países bálticos. Hámuito que sentem a ameaça cibernética e são capazes de contribuir para o debate porque têm experiências para partilhar, têm capacidade de lidar com esses ataques ", acrescentou Gustav Gressel.

Agência permanente e com mais dinheiro

A Lei de Segurança Cibernética vai ajudar a um melhor funcionamento da Agência da União Europeia para a Cibersegurança, sediada na Grécia.

O organismo passará a ter um mandato permanente e maior orçamento, cabendo-lhe, também, criar novos instrumentos de certificação de produtos e serviços online.

Mas a UE está atrasada em relação aos EUA e à China, segundo o diretor da agência, Udo Helbrecht: "Se analisar os grandes operadores tecnológicos, seja ao nível das redes sociais ou do comércio de produtos e serviços online, vê que são quase todos empresas norte-americanas e chinesas. Por aí se vê que a UE não é competitiva no setor".

"Por outro lado, temos muitas pequenas e médias empresas que empregam alguns milhares de pessoas que estão realmente na linha da frente em termos de desenvolvimento de mecanismos de segurança cibernética. O desafio nesta competição global entre a Europa, a Ásia e os EUA é evitar que vá demasiado longe", acrescentou Udo Helbrecht.

A Agência da União Europeia para a Cibersegurança terá um orçamento de 23 milhões de euros para os próximos cinco anos.

Este é o tema de abertura do programa "Breves de Bruxelas", que passa em revista a atualidade europeia diária. Em destaque estão, também, as seguintes notícias:

  • As águas residuais das áreas urbanas devem ser utilizadas para irrigar terras agrícolas, por forma a travar os efeitos de períodos de seca. Os ministros do Ambiente da União Europeia chegaram a acordo, quarta-feira, para criar um novo regulamento, depois da posição favorável apresentada pelo Parlamento Europeu, em fevereiro passado.
  • O Tribunal de Justiça da União Europeia determinou que os autarcas devem agir de cada vez que os limites máximos de poluição do ar forem ultrapassados num determinado ponto. Atualmente, costumam esperar pela avaliação da média de poluição em toda a cidade num determinado período de tempo.
  • A Comissão Europeia convidou 17 universidades para criar um Espaço Europeu da Educação, investindo 85 milhões de euros. As universidades selecionadas, de um total de 54 que concorreram, vão criar cursos com currículos harmonizados no âmbito do programa de intercâmbio Erasmus.
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