O navio, com bandeira norueguesa, começa as operações de procura e resgate apesar da recusa dos portos europeus em aceitar navios humanitários.
A ONG SOS Mediterranée, em colaboração com os Médicos Sem Fronteiras voltou ao mar Mediterrâneo para socorrer migrantes. O navio Ocean Viking, com bandeira norueguesa, começa as operações de procura e resgate, apesar da recusa dos portos europeus em aceitar navios humanitários.
A embarcação, com uma tripulação de mais de 30 pessoas vai percorrer a perigosa rota para os migrantes, mas sem nunca entrar em águas territoriais líbias.
Esta nova campanha começa depois da apreensão do navio Sea Watch 3 e da detenção da capitã Carola Rackete, na Sicília. Esta detenção tinha sido um aviso das autoridades italianas às embarcações humanitárias. Matteo Salvini volta a reforçar este aviso nas redes sociais.
No twitter o ministro do interior italiano disse que: "Itália não está mais disposta a aceitar todos os imigrantes que chegam à Europa. E que a França e a Alemanha não podem decidir sobre as políticas de migração ignorando as pedidos dos países mais expostos como Itália e Malta."
Reforçou a ideia no instagram dizendo que os navios das ONG não desembarcarão em Itália.
Depois de quase três anos no mar, o navio Aquarius, que resgatou, aproximadamente, 30 mil migrantes, cessou atividade em dezembro de 2018, depois de ter sido privado da bandeira de Gibraltar e posteriormente do Panamá. O Ocean Viking pretende retomar as funções do Aquarius, com a intenção de salvar vidas.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e a Organização Internacional para as Migrações, mais de 400 pessoas morreram ao tentar atravessar o Mar Mediterrâneo, desde o início de 2019.