Comité Olímpica promove evento a "um ano para o início dos Jogos Olímpicos" com a presença de diversos atletas e a assinatura de um protocolo com a Marinha portuguesa
Portugal ambiciona a afirmação desportiva, cultural, diplomática e empresarial no Japão durante a participação nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, onde o comité olímpico prevê ganhar pelo menos duas medalhas e Patrícia Mamona aponta ao pódio no triplo salto.
A ambição nacional ficou expressa esta quarta-feira, numa cerimónia especial em Lisboa, a marcar um ano para o início dos Jogos.
O evento foi aproveitado para a assinatura do protocolo com a Marinha Portuguesa para, tal como aconteceu no Rio de Janeiro em 2016, o navio-escola Sagres ser utilizado como a casa olímpica de Portugal no "país do sol nascente."
"[Esperamos] aproveitar esta oportunidade para afirmar o desporto nacional, mas também para dar dimensão ao que é Portugal. O Portugal cultural; o Portugal diplomático; o Portugal empresarial; o Portugal gastronómico. Vamos ter uma casa de Portugal no navio-escola Sagres e esse é um espaço que deve ser aproveitado para dar a conhecer Portugal", afirmou José Manuel Constantino, o presidente do Comité Olímpico de Portugal.
O Sagres irá realizar no próximo ano a quarta viagem de circum-navegação, o que não será alheio à celebração dos 500 anos da volta ao mundo à vela liderada pelo português Fernão de Magalhães, numa aventura inédita então financiada pela coroa espanhola e ainda hoje alvo de uma disputa histórica na Península Ibérica.
Pelo menos duas medalhas
Lamentando o não apuramento no futebol, o líder do COP espera poder contar no Japão com 70 a 80 atletas em competição e recordou os objetivos do contrato programa celebrado com o Estado português, no qual está prevista a conquista de pelo menos duas medalhas em Tóquio.
Um dos atletas já com presença garantida nos Jogos Olímpicos e com ambição de chegar ao pódio é a saltadora Patrícia Mamona. "É tudo muito momentâneo, não adivinho o futuro. Mas o meu objetivo e o trabalho que vou fazer é para isso", assumiu.
Patrícia Mamona, viaja rumo ao sol nascente com escala no Catar, em outubro. "Tenho já a qualificação feita [para os Jogos Olímpicos], por isso estou mais descontraída e posso planear Tóquio com mais calma. Entretanto tenho os Mundiais em outubro e é nisso que estou a pensar neste momento porque o que vai acontecer em Doha será uma réplica do que vai acontecer em Tóquio. Mas apenas se saltar muito, se não em Tóquio tenho de saltar muito na mesma", perspetivou a portuguesa que foi sexta classificada no Rio2016.
A contagem decrescente oficial para os jogos também já começou em Tóquio, numa celebração especial onde foi sublinhado o facto de a cidade olímpica estar praticamente pronta a um ano do início da competição pelas novas medalhas entretanto também já reveladas pelos organizadores.