Trump afunda mercados com novas taxas sobre bens chineses

Trump afunda mercados com novas taxas sobre bens chineses
De  João Paulo Godinho
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O presidente americano anunciou uma nova tarifa de 10% sobre 300 mil milhões de dólares de bens chineses.

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A bolsa de Nova Iorque não escondeu o desagrado com o anúncio de Donald Trump sobre novas taxas de 10% em 300 mil milhões de dólares de importações chinesas.

A quinta-feira até seguia em terreno positivo em Wall Street, mas a mensagem do presidente americano na rede social Twitter atirou os mercados para o 'vermelho'.

O Dow Jones e o Nasdaq fecharam a perder quase um por cento e na Ásia - 1,05% e 0,79%, respetivamente - os mercados abriram já na sexta-feira em sentido negativo. Até o barril de petróleo do Texas passou a registar uma queda de 7,4%.

Quando se desenhava um abrandamento da tensão comercial entre Estados Unidos e China, a decisão do líder da Casa Branca volta a agitar os investidores e ensombra as perspetivas da economia americana e mundial, ambas já em desaceleração no seu crescimento.

Em declarações aos jornalistas, Donald Trump garantiu que a China não tem outra solução a não ser aceitar e pagar, em vez de adotar a política de desvalorização da moeda. O líder da Casa Branca lembrou ainda que "vai haver novo encontro entre as delegações dos dois países no início de setembro", mas que as taxas estão para ficar até se conseguir um acordo.

Promessas falhadas, novas taxas

Na base da decisão de Trump está o incumprimento de chinês de duas promessas: a compra em grande escala de produtos agrícolas americanos e a paragem da venda do opiáceo Fentanyl, que tem tido efeitos negativos no mercado norte-americano.

A medida entre em vigor a 01 de setembro e junta-se a outras tarifas já aplicadas por Trump em bens chineses, com o presidente dos EUA a garantir que negociações bilaterais, reiniciadas esta semana em Xangai, vão continuar.

As duas partes estavam a dar contas de discussões “produtivas” no âmbito das negociações recomeçadas em Xangai, para procurar acabar com a guerra comercial iniciada por Trump. As conversações devem prosseguir agora em Washington no próximo mês.

Outras fontes • The New York Times / Lusa

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