O "louco" calendário da crise política italiana

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De  Ricardo Figueira
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Os deputados preparam-se para interromper as férias e votar uma moção que pode derrubar o governo e levar a novas eleições, enquanto se prepara um novo orçamento. Será boa ideia?

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Enquanto Matteo Salvini descansa na praia e faz fotos com os muitos admiradores que o abordam, em Roma desenham-se os vários cenários possíveis depois de votada a moção de censura apresentada pela Liga, o próprio partido do ministro do Interior e número dois do governo italiano. 

Salvini ambiciona chegar ao poder, mas o percurso até ao Palazzo Chigi, sede da presidência do Conselho de Ministros, não é tão linear como ele gostaria.

Tanto a presidente do Senado, Elisabetta Casellati, como o presidente do parlamento, Roberto Fico, têm agora de discutir com os líderes dos vários partidos a mudança do calendário das férias parlamentares, para que a moção da Liga possa ser votada rapidamente. O atual chefe do governo, Giuseppe Conte, pode ter o lugar a prazo, mas isso não quer dizer que as eleições antecipadas sejam um dado adquirido, mesmo se a moção passar. O poder de dissolver o parlamento e marcar eleições pertence ao Presidente da República, Sergio Mattarella. 

A oposição votou ao lado da Liga, no Senado, contra a moção apresentada pelo parceiro de coligação, o Movimento Cinco Estrelas de Luigi Di Maio, que pretendia para travar a construção da linha de alta velocidade Lyon-Turim. Mas isso não significa que o volte a fazer.

O antigo primeiro-ministro e figura do Partido Democrático Matteo Renzi já disse que "é uma loucura" ir a eleições numa altura em que o governo se prepara para apresentar o orçamento para 2020. A ambição de Salvini em chegar à chefia do governo é alimentada pelas sondagens, que lhe dão uma maioria confortável.

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