Navio espanhol ruma a Lampedusa para resgatar migrantes do "Open Arms"

Navio espanhol ruma a Lampedusa para resgatar migrantes do "Open Arms"
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De  Patricia TavaresPedro Sacadura
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Nove pessoas a bordo navio "Open Arms" atiraram-se hoje ao mar. A tripulação diz que a situação é "insustentável"

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Confrontado com o agravamento da situação no Mediterrâneo, o Governo espanhol anunciou o envio de um navio militar para transportar até Palma de Maiorca, nas ilhas Baleares, os migrantes a bordo do "Open Arms."

Impedidas de desembarcar no porto italiano de Lampedusa, nas imediações, nove pessoas que se encontram no navio humanitário atiraram-se, esta terça-feira, à água na esperança de chegar a terra firme, a nado.

A embarcação está bloqueada no mar há quase três semanas. A tripulação diz que a situação é "insustentável" e resgatou os migrantes das águas com a ajuda da guarda costeira.

Perante a recusa de Itália, o Governo espanhol disponibilizou-se a receber o navio humanitário, mas a organização não-governamental (ONG) não aceitou a oferta - dizendo que não existem condições a bordo para fazer a viagem até Espanha.

Esta terça-feira o ministro italiano dos Transportes, Danilo Toninelli, também ofereceu ajuda de um navio da Guarda Costeira italiana para levar para um porto espanhol os migrantes, mas com uma condição. Em troca exigiu a retirada da bandeira espanhola do "Open Arms".

A ONG Proactiva, que opera o barco, disse que as condições físicas e psicológicas são “críticas”, responsabilizando a Europa e o ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, por qualquer desfecho menos feliz.

Sobre uma possível nova tragédia no Mediterrâneo, a organização "Alarm Phone"- com uma linha direta de apoio a migrantes - deu o alerta para um novo naufrágio ao largo da Líbia. Um pescador terá prestado assistência a três pessoas.

Também no Mediterrâneo continua o barco “Ocean Viking”, com 365 migrantes a bordo, apesar dos pedidos a Malta e a Itália para que autorizem o desembarque.

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