No meio de uma luta interna no seio da Renamo a Assembleia da República de Moçambique aprovou o acordo de paz.
A Assembleia da República de Moçambique aprovou, em definitivo, a proposta de Lei do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional. O documento, proposto pelo chefe de Estado, foi aprovado, na generalidade e especialidade, pela quase totalidade dos deputados da Frelimo, partido no poder, por mais de metade dos da Renamo, o principal partido da oposição e o outro signatário do acordo e por um deputado do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar.
O acordo prevê o Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado da Renamo e a amnistia para quem cometeu delitos no âmbito dos confrontos entre as forças governamentais e Renamo. Mas a situação não é pacífica.
Uma fação do braço armado da Resistência Nacional Moçambicana não aceita o acordo nem a direção do partido, elegeu um novo líder, o tenente-general Mariano Nhongo e ameaça com novas ações no terreno. A líder da bancada parlamentar Renamo, Ivone Soares, desvaloriza a questão que diz ser um "assunto de família" e promete que esta crise será resolvida, internamente.
O acordo, assinado por Filipe Nyusi e o líder da Renamo, Ossufo Momade, pretende pôr um ponto final a meses de confronto militar entre as Forças de Defesa e Segurança e o braço armado do principal partido da oposição, mas a situação não é pacífica.