Irão pressiona Europa para salvar acordo nuclear

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De  Luis Guita
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Para pressionar a Europa a salvar o acordo, abandonado por Donald Trump, e ajudar o Irão a lidar com as sanções impostas pelo EUA, Teerão diz que tem novas centrifugadoras em funcionamento.

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Teerão comunicou que quarenta novas centrifugadoras para enriquecimento de urânio estão em funcionamento. É o mais recente passo para reduzir o compromisso com o acordo nuclear de 2015,  assinado entre o Irão e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China), mais a Alemanha.

"Os europeus devem saber que não resta muito tempo e, se quiserem tomar medidas, é melhor que o façam rapidamente," afirmou o presidente da Organização de Energia Atómica do Irão, Behrouz Kamalvandi.

O urânio enriquecido pode ser usado para produzir energia mas também armas nucleares.

O Irão parou de cumprir dois compromissos em julho, em resposta às sanções que os EUA restabeleceram quando Donald Trump decidiu abandonar o acordo concebido para impedir que o Irão desenvolva armas nucleares, embora o Teerão tenha sempre dito que não o tencionava fazer.

No acordo estava previsto o levantamento de sanções internacionais em troca de limitações e maior vigilância do programa nuclear iraniano.

00.46 Anelise Borges, euronews, fornece mais detalhes de Teerão:

"O Irão começou a injetar gás de urânio em centrifugadoras avançadas, de acordo com o porta-voz da Organização de Energia Atómica do país, que também disse que o Irão tem 20 máquinas IR4 e 20 IR6 atualmente em operação.

Behrouz Kamalvandy adiantou que o Irão pode enriquecer urânio além dos 20% mas, por agora, vão concentrar-se em aumentar para 4,5% o "stock" armazenado, É o nível com o qual o Irão está a trabalhar neste momento.

Kamalwandi também disse que o Irão está comprometido com apenas quatro pontos do acordo nuclear. Alertou que o relógio está a avançar e a Europa está a ficar sem tempo para salvar o marco histórico do Acordo Nuclear," revelou a jornalista da Euronews, Anelise Borges, desde Teerão.

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