Companhia aérea húngara Wizz Air antecipa "Brexit"

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Clima de incerteza deixa vários empresários com atividade no Reino Unido desconfortáveis perante a ameaça de perdas consideráveis

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As empresas húngaras com negócios no Reino Unido começaram a preparar-se para o "Brexit." O clima de incerteza em relação a uma saída, com ou sem acordo, deixa antever um agravamento dos custos operacionais, motivo pelo qual muitos empresários optam pela cautela.

A companhia área de baixo custo Wizz Air é um exemplo. Com vários voos para o Reino Unido, teve de reajustar-se para garantir a perenidade das atividades no território.

"A coisa mais importante que fizemos foi estabelecer uma nova companhia aérea no Reino Unido, uma entidade legal separada, ainda sob a marca Wizz Air, mas legalmente autónoma, regida pela Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido. Assim garantem-se os direitos de voar para dentro e fora, como uma companhia área do Reino Unido. Não obstante qualquer separação do Reino Unido da União Europeia, somos capazes de voar para todos os mercados para onde voamos atualmente", explica, em entrevista à Euronews, o diretor-executivo da Wizz Air, Stephen Jones.

Um cenário de "Brexit" sem acordo significa que os resultados da harmonização alcançados na última década, em áreas como as comunicações móveis ou a proteção do consumidor, irão desaparecer.

As taxas de roaming, por exemplo, poderão voltar. Mas para as empresas estrangeiras também se adivinham consequências, o que levou muitas a procurar apoio de consultores e advogados.

"Mesmo depois de um 'Brexit' sem acordo, haverá um ambiente regulatório que governará a relação entre o Reino Unido e a União Europeia, mas isto representará um retrocesso de décadas em comparação com o ambiente legal harmonizado da atualidade", refere Adam Kaplonyi, advogado da consultora KPMG.

Kaplonyi sublinhou que isso poderia ser evitado com a adoção de legislação europeia no direito interno pelo Parlamento britânico. O processo, referiu, já está em curso, mas ainda não acabou.

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