Novas eleições em Espanha

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De  Luis Guita
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Espanhóis preparam-se para a quarta eleição parlamentar em quatro anos e a segunda em sete meses. Cabe aos eleitores encontrar solução para um bloqueio que os políticos não conseguiram desfazer.

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Após o fracasso das negociações e a renúncia do Rei Felipe VI em propor um candidato, os líderes políticos espanhóis aproveitaram as intervenções no Congresso dos Deputados para responsabilizar os adversários pela crise política.

De recordar que o líder do PP, Pablo Casado, acusou o líder socialista, Pedro Sánchez, de ter conduzido uma estratégia para que se realizassem eleições antecipadas.

Sánchez respondeu pedindo uma maioria mais expressiva para os socialistas.

"No próximo dia 10 de novembro, uma vez que seremos forçados a voltar às eleições, espero que os espanhóis dêem uma maioria ainda mais forte ao Partido Socialista para que o Sr. Casado, o Sr. Rivera e o Sr. Iglesias não tenham a capacidade de bloquear, mais uma vez, a formação de um Governo, que é o que a Espanha precisa," declarou o líder do PSOE, Pedro Sánchez.

No encontro com o Rei, terça-feira, Rivera, Casado e Iglesias deixaram claro que Sánchez não tinha o apoio deles.

Será que as eleições vão criar um novo cenário político?

"É bem possível que se repitam exactamente as mesmas posições. Podemos ver pequenos movimentos dentro dos blocos da direita e da esquerda. À esquerda, alguns milhares de votos do Podemos podem ir para o PSOE, aumentar os assentos socialistas e diminuir um pouco o Podemos. Dentro do bloco da direita, podemos ver como se reagrupa novamente a votação em torno do Partido Popular, como uma votação útil. Portanto, embora os cenários se repitam mais ou menos, o que vamos ver é um reforço do antigo bipartidarismo," considera o analista Rodrigo Panero.

"Os espanhóis estão cansados de assistir a mais uma convocação de eleições, a quarta em quatro anos. Após o fracasso das negociações entre os diferentes partidos políticos, eles vêem os políticos devolverem a responsabilidade de desfazer um bloqueio que não foram capazes de resolver. Agora questionam-se como é que os mesmos atores, os mesmos candidatos, podem alcançar uma solução diferente após meses em que não conseguiram chegar a acordo," esclarece o jornalista da Euronews Jaime Velásquez.

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