Jovem ativista fez discurso emocionado que paralisou a sala da ONU
Cerca de 60 chefes de Estado e de Governo participaram, esta segunda-feira, na cimeira do clima, nas Nações Unidas, em Nova Iorque. A reunião deixou de fora países como o Brasil e a Arábia Saudita, por não apresentarem planos para redução de emissões de carbono. Houve silêncio na sala para ouvir o recado emocionado de Greta Thunberg, a jovem ativista sueca.
"Não devia estar aqui. Devia estar na escola do outro lado do oceano. No entanto, vêm ter connosco, com os mais novos, à procura de esperança. Como se atrevem? Roubaram os meus sonhos e a minha infância com palavras vãs. Ainda assim, sou dos que têm sorte. Há pessoas a sofrer. Há pessoas a morrer. Ecossistemas inteiros a colapsar. Estamos no início de uma extinção em massa e só sabem falar de dinheiro e crescimento económico eterno. Como se atrevem?", desabafou Thurnberg.
A jovem foi convidada de António Guterres, que defendeu a proteção da floresta.
"A desflorestação continua a um ritmo alarmante. A cada ano, perdem-se sete milhões de hectares. Não são desastres isolados, fazem parte de uma ameaça global. Não vamos vencer a emergência ambiental sem salvaguardar os pulmões do planeta", declarou o secretário-geral da ONU.
Portugal, Angola e Moçambique estão entre os países que marcaram presença ao mais alto nível. Sem ter confirmado, Donald Trump apareceu de surpresa. Não ouviu Greta Thunberg, nem António Guterres. Sentou-se na plateia por escassos 10 minutos e saiu para participar noutro evento da ONU.