Morte de Jamal Khashoggi continua por explicar

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De  Euronews
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Um ano depois, nenhum dos suspeitos do assassinato do jornalista saudita foi condenado

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Em Outubro de 2018, Jamal Khashoggi entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul e nunca mais foi visto. Nenhum dos suspeitos do assassinato do colunista do Washington Post foi condenado. Apenas se sabe que Khashoggi foi morto no interior do consulado.

O jornalista saudita, que vivia nos Estados Unidos, foi a Istambul tratar dos documentos necessários para o casamento com uma cidadã turca.

Depois do desaparecimento, a Arábia Saudita negou qualquer envolvimento e conhecimento sobre o caso. Mais tarde, acabou por admitir que o jornalista de 59 anos foi morto e desmembrado dentro das instalações do consulado. Os restos mortais Khashoggi nunca foram encontrados.

O presidente turco denunciou a impunidade dos assassinos e garantiu que o governo de Ancara não vai desistir das investigações.

Em declarações ao Washington Post, Recep Tayyip Erdoğan falou da morte do jornalista como “a ameaça mais séria à ordem internacional e o acontecimento mais controverso da História do século XXI, com excepção dos atentados de 11 de setembro”.

Erdoğan sublinhou que Riade continua a ser um amigo e um aliado mas que isso não significava que Ancara vai ficar em silêncio.

No início da semana, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita admitiu ser responsável pela morte de Khashoggi. 

Num documentário norte-americano, que estreou esta terça-feira, Mohammed bin Salman assumiu toda a responsabilidade, “porque aconteceu sob a sua supervisão". 

Garantiu que não ordenou o homicídio e falou da morte de Khashoggi como “um erro”.

A noiva do jornalista assassinado, diz que o príncipe herdeiro tem agora o dever de responder às perguntas.

Hatice Cengiz lamenta a falta de um inquérito internacional por parte dos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, apesar de um relatório da ONU ter sido anunciado em junho.

Cengiz pede um movimento sério dos países europeus que garanta a continuação das investigações.

A Arábia Saudita acusou e julgou 11 pessoas pelo assassinato de Khashoggi mas o caso foi mantido em segredo e, até agora, ninguém foi condenado.

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