António Costa reúne-se com potenciais aliados esta quarta-feira

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De  João Paulo Godinho
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Primeiro-ministro foi já indigitado por Marcelo Rebelo de Sousa e antecipou um novo governo "muito parecido" ao atual.

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Virada a página das eleições, segue-se a formação do novo governo. Após ser indigitado por Marcelo Rebelo de Sousa na noite desta terça-feira como o novo primeiro-ministro, António Costa garantiu aos jornalistas que o executivo será "muito parecido" ao atual.

A solução de estabilidade para a legislatura está agora no topo da agenda do líder socialista. Para quarta-feira estão marcadas reuniões com Bloco de Esquerda, PCP, Livre e PAN.

António Costa manifestou preferência por um acordo para quatro anos, mas não excluiu soluções caso a caso no mesmo dia em que os 10 partidos foram ouvidos pelo Presidente da República em Belém.

O Bloco de Esquerda (BE), de Catarina Martins, assumiu a disponibilidade para negociar soluções com um horizonte de legislatura com o PS.

"O BE assume as suas responsabilidades enquanto terceira força política. Cá estaremos para negociar soluções que possam ser soluções de Programa do Governo e, portanto, soluções com um horizonte de legislatura. Para isso é preciso que haja vontade de ambas as partes. O BE já afirmou a disponibilidade para essa negociação, como fizemos há quatro anos", declarou.

Por outro lado, o PCP, liderado por Jerónimo de Sousa, reiterou que os comunistas querem decidir caso a caso as medidas do futuro governo.

"Vamos dialogar, conversar, e ali poderemos explicitar melhor o nosso pensamento. Isto é um bocado o avanço da conversa em relação a algumas matérias", antecipou o secretário-geral comunista.

Fora da esfera da solução política que marcou os últimos quatro anos, o PSD não rejeitou a possibilidade de acordos com o PS para "reformas estruturais" do país. Apesar da contestação interna nos sociais democratas - com Luís Montenegro a tomar uma posição pública na quarta-feira -, Rui Rio admitiu que um entendimento nesses pontos pode mesmo alargar-se aos outros partidos.

"Espero, e isso transmitimos ao senhor Presidente da República, que o acordo que venha a ser firmado entre BE e PS não inviabilize a possibilidade de haver entendimentos no futuro sobre essas matérias estruturais, porque isso é era importante para o país", afirmou.

Entre negociações de acordos e convites para a formação do governo, os prazos constitucionais fazem prever que o novo parlamento entre em funções a 21 de outubro.

A data só pode ser antecipada se o escrutínio oficial dos votos for encerrado antes de dia 16, mas a tomada de posse do executivo pode ocorrer ainda este mês

Outras fontes • LUSA

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