O presidente turco Recep Tayyp Erdoğan desmentiu, entretanto, que tenha havido uma fuga de prisioneiros do Daesh como resultado das operações.
O exército turco e as milícias sírias aliadas de Ancara já estão no centro de Tel Abyad, cidade síria junto à fronteira turca e já estão, segundo o grupo sediado em Londres "Observatório Sírio dos Direitos Humanos", a controlar por completo a cidade, depois de terem reivindicado também a tomada completa da cidade vizinha de Ras al-Ain.
As forças lideradas pelo exército turco tomaram também uma autoestrada de cerca de 30 km, dentro do território sírio, de uma importância estratégica nesta operação para desalojar as milícias curdas que controlam o noroeste da Síria, segundo anunciou o ministério turco da defesa.
Este domingo, a chanceler alemã Angela Merkel falou ao telefone com o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan e pediu-lhe que parasse imediatamente as operações, depois de também o presidente francês Emmanuel Macron ter ordenado uma suspensão da venda de armas à Turquia.
Donald Trump prometeu sanções severas contra Ancara, se forem ultrapassados, nas palavras do presidente norte-americano, os limites do razoável. Washington mostrou-se preocupada com a notícia da morte de um político curdo, vítima dos ataques militares dos turcos.
Erdoğan desmente fuga de prisioneiros
Erdoğan respondeu que isso não vai parar a operação e qualificou ainda como "desinformação" as notícias que dão conta de uma possível fuga de combatentes do Daesh por culpa da ofensiva.
Segundo as autoridades curdas que administram este território, 785 prisioneiros estrangeiros, incluindo combatentes do Daesh que estavam detidos juntamente com as famílias, fugiram do campo de Ain Issa, uma situação que já fez reagir o governo francês, que se mostrou preocupado. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos fala em cinco civis mortos durante os bombardeamentos em Ras al-Ain no sábado. Uma fonte das Forças Democráticas da Síria disse também que uma coluna de civis tinha sido atacada.