Protestos contra condenações bloqueiam Barcelona

As reações à condenação dos líderes separatistas catalães fizeram-se sentir sobretudo no aeroporto El Prat de Barcelona.
Milhares de pessoas concentraram-se na entrada do Terminal 1. Algumas estradas de acesso ao aeroporto foram bloqueadas e quase 70 voos acabaram cancelados.
Perante a pressão dos manifestantes para entrar no aeroporto, os "mossos de esquadra", a polícia da região da Catalunha, avançaram para reprimir o protesto. Houve confrontos e pelo menos uma pessoa foi detida.
À distância, na Bélgica, o antigo presidente da "Generalitat", Carles Puigdemont, de novo alvo de um mandado de detenção internacional, criticou a decisão judicial espanhola:
"A sentença do Supremo Tribunal contra os membros do Parlamento, do Governo e, mais importante, contra as entidades sociais da Catalunha, confirma a estratégia de repressão e vingança contra todos os cidadãos que procuraram o caminho da democracia para tornar possível a respetiva vontade. Condená-los é condenar mais de dois milhões de pessoas que tornaram possível o referendo de autodeterminação de um de outubro."
Os acessos ao aeroporto foram entretanto reabertos durante a tarde, mas diversos pontos no centro de Barcelona e noutras partes da Catalunha continuavam complicadas ao início da noite.
Num comunicado conjunto divulgado ao início da noite, os políticos catalães condenados reiteraram as palavras de Puigdemont, alegaram não ter sido feita justiça, mas sim vingança, e mostraram-se orgulhosos de ter organizado há dois anos o referendo pela independência da Catalunha.