Várias cidades chilenas estão em estado de emergência após um domingo sangrento. Presidente diz que o país está "em guerra".
Pelo menos dez mortos e várias cidades em estado de emergência é o resultado de manifestações e tumultos contra o governo, no Chile.
O domingo foi, particularmente, violento com lojas e supermercados incendiados. Oito pessoas terão morrido num fogo, num estabelecimento comercial, outras duas estariam a roubar uma loja, dizem os meios de comunicação local.
O presidente chileno lança acusações:
"Estamos em guerra contra um inimigo poderoso e implacável que não respeita nada nem ninguém e que está disposto a usar a violência e a delinquência sem limites", afirmou o chefe de Estado.
O estado de emergência e o recolher obrigatório começou por ser declarado na capital e foi depois alargado a outras cidades do norte e sul do país que vive a situação mais dramática desde 1990, altura em que se pôs fim à ditadura de Augusto Pinochet, com milhares de soldados nas ruas. Só em Santiago do Chile, e entre soldados e polícias, chegou-se aos mais de dez mil e quinhentos.
Espera-se um começo de semana difícil para os chilenos com o metro, autocarros, hospitais e escolas a funcionarem parcialmente.
Os estudantes foram os primeiros a sair às ruas, há duas semanas, contra o aumento do preço dos transportes públicos. O presidente chileno acabou por voltar a trás na decisão mas isso não acalmou os ânimos.