Chile em estado de emergência com contestação social

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De  João Paulo Godinho
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Protestos violentos contra o anunciado aumento do preço dos bilhetes do metro leva o presidente chileno, Sebastian Piñera, a suspender a medida.

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A ferro e fogo. É esta a realidade do Chile nos últimos dias, depois de o Exército ter declarado o estado de sítio na capital Santiago devido aos protestos violentos contra o aumento do preço dos bilhetes do metro.

“Tendo analisado a situação e os abusos ocorridos durante o dia de hoje [sábado] e a obrigação legal de proteger as pessoas e os seus bens, tomei a decisão de decretar a suspensão das liberdades pessoais de movimento através da instauração do estado de sítio”, afirmou o general de divisão do Exército chileno Javier Iturriaga.

Sob enorme pressão das ruas e já com mais de 300 pessoas detidas, o presidente do Chile, Sebastian Piñera, já se viu obrigado a recuar e anunciou a suspensão da polémica medida, na esperança do fim da agitação social.

De acordo com as autoridades, mais de 150 pessoas ficaram feridas nos distúrbios e três pessoas morreram num incêndio num supermercado.

"A polícia e os bombeiros encontraram dois corpos queimados e outra pessoa em péssimo estado, tendo sido transferidos para um hospital, onde infelizmente morreram", disse a prefeita da Região Metropolitana de Santiago do Chile, Karla Rubilar.

As autoridades acrescentaram que os corpos foram encontrados quando o fogo foi extinto no supermercado da comuna de San Bernardo, causado durante a noite deste sábado no meio dos tumultos, incêndios e saques que abalaram a capital. Também as regiões de Valparaíso e Concepción, bem como outras cidades do Chile foram alvo de destruição urbana e confrontos entre polícia e manifestantes.

Todavia, a região metropolitana de Santiago do Chile é mesmo onde o clima se encontra mais tenso e as forças armadas já mobilizaram mais de 9000 efetivos para assegurar o controlo da situação.

A contestação social começou no início da semana de forma pacífica e radicalizou-se a partir de sexta-feira. Nos últimos dois dias acabaram por se registar diversos incêndios e estragos em estações de metro e outros transportes públicos.

Outras fontes • Reuters / Lusa

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